Por Modesto C. Batista Neto
Com a profissionalização da campanha a corrupção também vem se profissionalizando, tanto na estrutura governamental quanto na gerencia das campanhas políticas. Nas estruturas governamentais as famosas e seculares praticas de desvios de verbas, criação de caixa dois, lavagem de dinheiro e emissão de notas frias se popularizaram e estão sendo difundidas nos quatro cantos do Brasil, já na campanha a pratica mais comum é a compra do voto.
Em relação à compra de votos o que se caracteriza é a compra da dignidade do eleitor para fins eleitorais, otimizando a campanha e credenciando probabilidades de êxito maiores para os compradores da dignidade.
Neste pleito de 2010 os balcões sujos da direita e os setores já carcomidos da tida “esquerda” se articulam na cooptação de siglas em prol de um projeto eleitoral, esta cooptação se deve ao tempo (espaço gratuito) de televisão e rádio que cada partido político tem direito, enfim para se ganhar uma campanha é preciso aparecer nas telinhas e deixar a voz na consciência – muitas vezes faminta – do eleitor através das rádios.
Neste processo – desigual – de condições e estruturas os candidatos de partidos pequenos muitas vezes são esmagados em seu espaço de TV, rádio e de outras formas e maneiras. O sistema político-eleitoral no Brasil não precisa apenas de uma reforma, mas de uma mudança drástica também na sua filosofia de existência porque democracia pressupõe respeito à isonomia em um sistema onde todos devem ser tratados iguais, mas infelizmente em nossa pátria este tratamento ainda tarde e continuará a não existir enquanto um conjunto de reformas não for iniciado.
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