quarta-feira, 27 de abril de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Escola Maurício Freire em São Paulo do Potengi realizou I Encontro de Formação Política

Na noite desta segunda-feira (25/abril) a Escola Estadual Maurício Freire da cidade de São Paulo do Potengi realizou o I Encontro de Formação Política com a presença de alunos do EJA e intelectuais como o poeta Cesar.

Além dos palestrantes, estiveram presentes professores, o diretor da escola, representante da 4ª DIRED e outras autoridades do município que compunham a mesa. Na platéia cerca de trezentos alunos da escola e pessoas da comunidade.

O professor Leonardo Lenner discorreu sobre a questão da “Cidadania e Política” se remetendo a Grécia antiga para um estudo breve sobre a gênese dos conceitos dessas duas palavras e debateu as distorções que ocorrem na atualidade onde se enxerga a cidadania como prática distinta da política.

Modesto Neto que foi palestrante convidado falou sobre o “Protagonismo Político” da juventude e a necessidade de este protagonismo voltar a permear os debates na política – local, regional e nacional – pois na visão do palestrante com esse debate a juventude terá oportunidade de participar da vida pública da sociedade. Citou inúmeros casos históricos, se remeteu ao Regime Militar, ao Brasil Colonial e dos modelos de governo dos EUA e Cuba.

Ao fim do evento houve as intervenções dos estudantes, professores e pessoas da comunidade que fizeram menção as falas de ambos os palestrantes.

Veja algumas imagens:

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Modesto Neto fala sobre protagonismo político em São Paulo do Potengi hoje


Diretor de Formação Política do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, Modesto Neto ministrará nesta segunda-feira (25/abril) palestra sobre o protagonismo da juventude no meio político.

O tema da palestra é “Protagonismo: para além de nós mesmos” e será ministrada na Escola Estadual Maurício Freire na cidade de São Paulo do Potengi – RN, às 19h no auditório da referida instituição de ensino. Além de Modesto Neto, o professor Leonardo Lenner ministrará palestra sobre Cidadania e Democracia.

Modesto Neto é presidente do Diretório Municipal do PDT em Angicos/RN e Vice-Presidente da Juventude Socialista no Rio Grande do Norte.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Rebeldia marca trajetória da Universidade de Brasília - UnB




Ao completar 49 anos, a Universidade de Brasília conserva a marca da sua fundação: a rebeldia. Desde a insistência de Darcy Ribeiro em construir uma instituição que pensasse os problemas do Brasil, passando pela resistência à ditadura militar até os movimentos estudantis de hoje, a UnB sempre foi um local onde os inconformados lutaram para expressar suas ideias. No aniversário da universidade, comemorado em 21 de abril - o mesmo dia da fundação de Brasília -, a repórter Thássia Alves, da UnB Agência, resgata arquivos históricos e inéditos da luta dos estudantes contra a ditadura.

Um relatório de 22 páginas que integra o acervo do Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa), recém-divulgado pelo Arquivo Nacional, revela como a mobilização estudantil na UnB assustava os militares durante a invasão da universidade em agosto de 1968. O então reitor Caio Benjamin Dias pediu intervenção da polícia para defender o patrimônio da universidade, alegando que não conseguia controlar os protestos dos estudantes. Trechos do relatório revelam como foi o confronto na visão dos agentes de repressão. Os alunos eram vistos como "os pregoeiros da desordem, os que queriam a desordem da pátria e a vergonha nacional".

Um conjunto de fotos guardadas por mais de 30 anos mostra outra invasão policial na UnB, desta vez em 1977. No dia 6 de junho, o reitor José Carlos Azevedo, capitão de mar-e-guerra, também convocou a PM para reprimir os estudantes. Na semana anterior, os alunos tinham decretado greve em reação à suspensão de 16 colegas. A ocupação duraria três meses. A movimentação estudantil e a presença dos policiais no campus foram registradas pela câmera de Adonai Rocha, aluno da Faculdade de Comunicação. Um registro histórico, agora revelado com exclusividade pela UnB Agência, em reportagem de Thais Antonio.

Cristovam pede firmeza do governo no combate à inflação


Em pronunciamento nesta quarta-feira (20), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) demonstrou preocupação com a alta da inflação no Brasil. O senador cobrou uma posição firme do Banco Central com relação às taxas de juros e do governo sobre a redução nos gastos para barrar a expectativa inflacionária.

- Gestos do Banco Central no sentido de tolerância com a inflação, não usando com rigor os instrumentos monetários, os instrumentos da política de juros são um recado de que governo e autoridades monetárias estão fechando os olhos para o risco da inflação - alertou.

Da mesma forma, Cristovam defendeu gestos claros do governo no que diz respeito aos gastos públicos. O senador se disse assustado com os gastos com o trem de alta velocidade, conhecido como trem-bala, grandes eventos esportivos internacionais, obras do Programa de aceleração de Crescimento (PAC) e reajustes salariais.

- Isso é assustador, não apenas porque pressiona a inflação, mas porque passa a expectativa de que a inflação terá de vir. Governo que diz que vai gastar muito é governo que sopra na fogueira da inflação - advertiu o senador.

Além de defender o rigor na política monetária e nos gastos do governo, Cristovam Buarque alertou para as pressões inflacionárias externas, especialmente nos alimentos, e para a "política de crédito liberal", que faz com que se compre mais do que a capacidade produtiva pode atender.

BAIXA RENDA

Para Cristovam Buarque, de nada adianta aumentar o salário mínimo se a inflação continuar alta, já que a população mais pobre é a mais atingida. O senador lembrou que a bandeira atual da presidente Dilma Rousseff é a luta pela erradicação da pobreza, o que não condiz com a inflação diferenciada entre as faixas de renda.

- Ela tem que ter em conta que este país não pode voltar à inflação, muito menos deixar que nós tenhamos inflação diferenciada entre os produtos das camadas ricas e os produtos das camadas mais pobres - disse.

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

“Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter”, avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas. “ Isso [acabar com o gargalo] se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia”, afirmou ele.

Costa lembra que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os atuais programas de acesso ao ensino superior, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que aumentou o número de vagas nessas instituições, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece aos alunos de baixa renda bolsas de estudo em instituições de ensino privadas e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que permite ao estudantes financiar as mensalidades do curso e só começar a quitar a dívida depois da formatura.

“O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos", disse o secretário.

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.

O diagnóstico da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos. “Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena”.

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso. “Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países”, comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço – e demanda – para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.

“Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida”, disse a pesquisadora.

Para parlamentares, partidos não cuidam da formação de seus quadros

A análise do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de que os partidos não cuidaram da formação de seus quadros e, por consequência, se afastaram dos anseios da sociedade, é uma preocupação compartilhada por lideranças da base governista e da oposição. Por razões diversas, parlamentares que vão do PT ao PSDB consideram que os partidos políticos se desatualizaram e criaram um fosso entre o que praticam e o que a população almeja.

Carvalho afirmou que os partidos "não cuidaram da formação de seus quadros da mesma forma que os movimentos fizeram". Por conta disso, ele qualificou o fato como "gravíssimo" e acrescentou que o país tem hoje "uma estrutura política e eleitoral que é quase uma indução à perda de teor ideológico e político. Ela é uma indução, eu diria, até à corrupção, se nós falarmos da eleição".

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), ressaltou que as legendas partidárias não existem no país e, por isso, "é impossível" falar sobre o assunto. Segundo ele, os partidos são artificiais e cartoriais, servindo apenas como acomodações para candidaturas de ocasião. Neste sentido, o líder tucano destacou que as alianças políticas nos estados e municípios não seguem uma orientação ideológica. "Temos políticos que possuem formação de direita filiados em partidos de esquerda e as coligações são totalmente contraditórias. Sem achincalhar a música [de autoria de Stanislaw Ponte Preta], é um samba do crioulo doido".

Ele discordou, entretanto, da avaliação feita por Gilberto Carvalho de que os movimentos sociais prepararam melhor quadros no decorrer dos anos e "evoluíram muito". Para o líder do PSDB, o que houve foi "um aparelhamento e uma relação de promiscuidade" entre os movimentos e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, com o da presidenta Dilma Rousseff.

"Nos últimos oito anos, o Executivo liberou recursos para boa parte desses movimentos sociais para execução de projetos inexistentes ou indevidos sem prestação de contas ou qualquer fiscalização. Organizações não governamentais foram criadas para desviar dinheiro público com a conivência ou cumplicidade de autoridades", afirmou o líder do PSDB.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou por sua vez que o seu partido já constatou essa discrepância entre a atuação de seus legisladores, seja em cargos majoritários ou no legislativo, e as demandas sociais. Segundo ele, o PT tem tido "uma dificuldade especial" para estabelecer uma relação mais próxima com a sociedade, especialmente a juventude.

"Não temos produzido ideias, apesar de pesquisas internas terem sido feitas, para identificar as vontades da população e, principalmente, dos jovens. Talvez a tarefa de governar tenha tomado mais tempo na necessidade de defender e atuar na execução das políticas públicas estabelecidas pelo Executivo", ressaltou o petista.

A seu ver, o mesmo ocorreu com os movimentos sociais. O líder do PT afirmou que, após assumir o poder em 2003, o partido passou a ter uma "relação mais fluida" com os representantes dos movimentos sociais. Agora, tanto na reaproximação com a juventude e com os movimentos sociais, o senador julga fundamental que o PT se abra ao diálogo. "Precisamos fortalecer nossos movimentos organizados voltados para os jovens", defende.

O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), destacou à Agência Brasil que a reaproximação do partido com a juventude e a qualificação de seus quadros é uma das principais preocupações das lideranças de hoje. Ele ressaltou que deliberação nesse sentido foi tomada na última reunião da Executiva Nacional, no início de abril. "Para ser candidato pelo PMDB, para qualquer cargo, os filiados terão que fazer o curso de gestão pública oferecido pela Fundação Ulysses Guimarães. Isso é pré-requisito".

Já o senador pelo PDT Cristovam Buarque (DF), fez uma análise mais ampla do raciocínio do ministro. Ele afirmou que os partidos políticos continuam prisioneiros de metas de curto prazo e, por isso, incapazes de tomar decisões que impliquem em uma mudança profunda no modelo industrial vigente.

"A questão é que os partidos não percebem as limitações desse modelo, que nada tem a ver com opção pelo capitalismo ou socialismo, mas com limitações financeiras e ambientais que precisam ser estabelecidas", afirmou Cristovam Buarque. Ele defendeu uma total revisão no atual "perfil do PIB [Produto Interno Bruto]" que permita priorizar a execução de políticas como a valorização do transporte público com qualidade, mas ao mesmo tempo desestimulando com campanhas o uso de automóveis. "É uma questão de mudar a cultura estabelecida com o processo de industrialização", resumiu.

Ele ressaltou que, nesse aspecto, os movimentos sociais também criaram um descompasso com a sociedade no decorrer dos anos. O senador do PDT entende que os movimentos têm, hoje, uma cultura de trabalhar por mais verbas públicas para o seu segmento - "uma visão corporativista" -, da mesma forma que as legendas não se preocuparam em propor mudanças de hábito cultural.

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