quinta-feira, 31 de março de 2011

Aniversariante de hoje é o deputado Vieira da Cunha



Vereador, deputado estadual e federal Vieira da Cunha é um quadro histórico do PDT no Rio Grande do Sul e no Brasil. Nesta quinta-feira (31/03) ele completa 51 anos de vida com uma trajetória que o liga aos movimentos estudantis.

Vieira da Cunha assumiu a Vice-Presidência da Internacional Socialista com a vacância na morte de Leonel de Moura Brizola, o maior estadista da história brasileira.

UM POUCO DA HISTÒRIA DE VIEIRA DA CUNHA:

Vieira da Cunha ingressou na política quando participou do Grêmio Estudantil do colégio Anchieta, aos 15 anos. Sua participação mais “oficial”, porém, iniciou-se em 1981, quando assessorou a bancada do Partido Demorcrático Trabalhista na Assembléia Legislativa. Em 1992, candidatou-se a vice-prefeito de Porto Alegre e, em 1996, como prefeito. Elegeu-se pela primeira vez como deputado estadual em 1994 com 17.094 votos. Em 1998, foi reeleito deputado estadual com 32.243 votos.

No dia 06 de Outubro de 2002, reelegeu-se com 62.912, tendo sido o candidato mais votado para Deputado Estadual do seu partido, o PDT. Em 2006, foi eleito Deputado Federal com cerca de 100 mil votos.

Durante sua trajetória política, Vieira da Cunha também foi eleito vice-presidente da Internacional Socialista (IS). Foi o segundo brasileiro a ocupar o posto, que tinha sido ocupado por Leonel Brizola.

Como Deputado Federal, Vieira da Cunha propôs 175 projetos de lei. Dentre eles, destaca-se o projeto de combate ao “bullying”, ato de violência física e psicológica que ocorre nas escolas entre colegas de classe. Vieira da Cunha também é o autor do Código da Limpeza Urbana.

terça-feira, 29 de março de 2011

Brizola Neto e Jean Willys vão entrar com representação contra Bolsonaro

Os deputados Brizola Neto do PDT e Jean Willys, do PSOL, vão entrar com uma representação na Câmara contra as declarações do deputado Jair Bolsonaro ontem, no CQC.

A cantora Preta Gil, filha do grande Gilberto Gil, perguntou o que ele faria se um de seus filhos casasse com uma negra. Bolsonaro respondeu que os filhos dele são bem educados e “não viveram num lar promíscuo como o dela”.

Para Brizola, Bolsonaro está tergiversando, diante da repercussão do caso e dizendo que não foi racismo, mas uma critica ao comportamento pessoal da cantora e apresentadora, Preta Gil, como registra o Terra Magazine:

- Eu entendi que ela me perguntou o que eu faria se meu filho namorasse um gay (…) Se eu tivesse entendido assim (da forma como a pergunta foi feita), eu diria: ‘meu filho pode namorar qualquer uma, desde que não seja uma com o teu comportamento’. Se eu fosse racista, eu não seria maluco de declarar isso numa televisão – disse ele ao site.

Segundo Brizola Neto, está bem claro que ele responde à pergunta “O que o senhor faria se seu filho namorasse uma negra”, feita por Preta Gil.

Bolsonaro tem uma história de desrespeito ao ser humano. Em vídeos pela rede o mesmo diz que ao enfrentar manifestantes, ele diz que o erro da ditadura não foi ter torturado seus opositores, mas ter torturado e não ter matado.

Racismo com imunidade parlamentar?



Por Brizola Neto

Eu me orgulho de pertencer a um partido que fez o racismo ser crime neste país, com a Lei Caó.

Eu me orgulho de pertencer a um partido que tem como um de seus fundadores um homem como Abdias do Nascimento, que tem 97 anos de luta pela igualdade racial.

Por tudo isso, não posso ficar calado diante de absurdo que foi o comentário do sr. Jair Bolsonaro, de quem também me orgulho de ser um adversário político, esta madrugada, no programa CQC, da Band.

A cantora Preta Gil, filha do grande Gilberto Gil, perguntou o que ele faria se um de seus filhos casasse com uma negra. Bolsonaro respondeu que os filhos dele são bem educados e “não viveram num lar promíscuo como o dela”.

Porque promíscuo? Porque era de negros, como Gil?

Bolsonaro, como deputado, não está acima das leis. E, graças a Deus, uma das leis é a que faz do racismo um crime inafiançável.

A Constituição que este senhor jurou diz que racismo é crime.

Se não é crime, meu Deus, defender como ele faz a tortura, a prisão e o homicídio políticos praticados pela ditadura, então que seja crime o racismo.

Ou vamos ter de ver os deputados da direita dizerem que não estão criticando os negros, mas os “morenos escuros”, como disse outro dia um parlamentar do DEM em relação ao Ministro Joaquim Barbosa, do STF?

Nem sei se uma retratação do Deputado Bolsonaro, a esta altura, é suficiente. Vejamos se o Ministério Público, tão cioso da letra da lei ao enfrentar a esquerda, tem a coragem de enfrentar a direita…