- Gestos do Banco Central no sentido de tolerância com a inflação, não usando com rigor os instrumentos monetários, os instrumentos da política de juros são um recado de que governo e autoridades monetárias estão fechando os olhos para o risco da inflação - alertou.
Da mesma forma, Cristovam defendeu gestos claros do governo no que diz respeito aos gastos públicos. O senador se disse assustado com os gastos com o trem de alta velocidade, conhecido como trem-bala, grandes eventos esportivos internacionais, obras do Programa de aceleração de Crescimento (PAC) e reajustes salariais.
- Isso é assustador, não apenas porque pressiona a inflação, mas porque passa a expectativa de que a inflação terá de vir. Governo que diz que vai gastar muito é governo que sopra na fogueira da inflação - advertiu o senador.
Além de defender o rigor na política monetária e nos gastos do governo, Cristovam Buarque alertou para as pressões inflacionárias externas, especialmente nos alimentos, e para a "política de crédito liberal", que faz com que se compre mais do que a capacidade produtiva pode atender.
BAIXA RENDA
Para Cristovam Buarque, de nada adianta aumentar o salário mínimo se a inflação continuar alta, já que a população mais pobre é a mais atingida. O senador lembrou que a bandeira atual da presidente Dilma Rousseff é a luta pela erradicação da pobreza, o que não condiz com a inflação diferenciada entre as faixas de renda.
- Ela tem que ter em conta que este país não pode voltar à inflação, muito menos deixar que nós tenhamos inflação diferenciada entre os produtos das camadas ricas e os produtos das camadas mais pobres - disse.
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