Cristovam quer uma revolução e fez um impoluto e magistral discurso
Em discurso na manhã dessa sexta-feira, (20/03), no Senado, o senador Cristovam Buarque (PDT) comentou a decisão do governo, de cortar R$ 21 bilhões do Orçamento. Para Cristovam, o presidente Lula, apesar de ser o melhor presidente que o país já teve, erra no foco das prioridades na condução das soluções para conter a crise econômica mundial. O senador defendeu que a definição dos investimentos e ações do governo para alavancar a economia tivessem sempre um viés social.
"Em vez de colocar dinheiro na indústria automobilística para que se façam carros para e elite, deveria se investir na construção de escolas", disse Cristovam.
Ao opinar sobre a comissão especial criada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para discutir a crise, Cristovam mostrou-se cético quanto aos seus resultados. "Tenho a impressão de que a comissão do Senado será pouco imaginativa.
Ficará restrita aos aspectos financeiros e econômicos, e isso não será suficiente. Quem sabe não tenhamos nós a coragem de criar uma comissão paralela que depois incorpore idéias à comissão especial, atacando os problemas reais, de forma mais imaginativa que os técnicos da economia", comentou o senador.
"Querem baixar a febre, não curar o doente", criticou Cristovam. "Nós precisamos de uma revolução, não de um PAC", concluiu.
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