Na ocasião, Vieira da Cunha citou episódios históricos protagonizados por João Goulart, por Getúlio Vargas e por Leonel Brizola em defesa do aumento do poder de compra dos trabalhadores. “Votei por valor maior para o salário mínimo, em homenagem a Getúlio e a Jango, mas também em homenagem ao meu querido e saudoso líder, Leonel Brizola”, disse Vieira da Cunha, lembrando que um mês antes da morte, em maio de 2004, o líder pedetista publicou seu último “tijolão” (como eram conhecidos seus artigos publicados em jornais de grande circulação nacional) justamente em defesa da aprovação pela Câmara dos Deputados de um reajuste maior do que o proposto pelo governo Lula para o salário mínimo vigente.
No mesmo discurso, Vieira da Cunha saiu em defesa do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e condenou as ameaças de retaliação do governo repercutidas pela mídia, que tratou a sessão como “o grande teste do governo Dilma”. “Os holofotes voltaram-se especialmente para nós, pedetistas, chamados de ‘rebeldes’ por uns, ‘traidores’, por outros, e de ‘infiéis’, por muitos”, disse. “Entre fidelidade ao Governo e lealdade à luta do Trabalhismo, fiquei ao lado dos trabalhadores”, disse o deputado, reiterando que a proposta do PDT era “viável e responsável”, porque garantia aumento real ao salário mínimo, sem comprometer a meta de controle da inflação, já que antecipava reajuste a ser concedido em 2012. Para ele, o maior reajuste do salário mínimo era coerente com a principal meta do governo Dilma: a redução da pobreza. “Não há ferramenta mais eficiente para a redução da pobreza e a desconcentração da renda do que o aumento do salário mínimo”, concluiu.
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