Durante a sessão solene realizada na manhã de hoje (04/05/2010) na Câmara dos Deputados, em comemoração ao Dia do Trabalho, o deputado federal Dagoberto (PDT-MS) enfatizou que o PDT “sempre vai estar ao lado do trabalhador, mesmo contrariando os interesses do Governo”.
O parlamentar fez esta afirmação por causa da pressão do Governo federal para que a legenda e outros partidos aliados votem pelo reajuste de 7% das aposentadorias, enquanto o PDT, os trabalhadores e os aposentados defendem 7,71%. “O PDT nesta Casa vai votar a favor dos aposentados, vamos votar o reajuste de 7,7%”, ressaltou Dagoberto durante seu pronunciamento.
Também o deputado sul-mato-grossense enfatizou a luta pela jornada de 30 horas para os enfermeiros, pela isonomia salarial dos policiais e pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Além destas lutas do PDT, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, enfatizou as conquistas obtidas nos últimos sete anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Nem tudo é o que a gente quer, mas tenho orgulho de ser ministro do Governo Lula”, afirmou Lupi, destacando que: “com todos os erros e falhas, os avanços sociais são algo inimaginável, quanto maior o salário, mais o bolo (referindo-se as riquezas do país) será distribuído. Segundo Lupi, desde a posse do presidente Lula até março deste ano, já foram gerados 12,5 milhões de empregos públicos e privados. “Isso significa um aumento de 40% no emprego formal do Brasil. Essas conquistas são do trabalhador brasileiro, nós somos apenas instrumento”.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que assinou com Dagoberto o requerimento para realizar a sessão solene, explicou a importância em fazer um ato solene em homenagem ao Dia do Trabalho. “Estamos criando esta tradição, embora a data não coincida com os trabalhos legislativos”, afirmou Alencar, sem esquecer: “O louvor ao trabalho é fundamental”.
A sessão solene foi realizada no Plenário Ulysses Guimarães, com a participação de líderes sindicais e de outros deputados federais.
História
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, pela Segunda Internacional Socialista. A data foi escolhida em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago (EUA), quando milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
No Brasil, o dia 1º de maio passou a ser considerado feriado nacional a partir de 1924, com a edição de um decreto do então presidente Artur Bernardes. Sindicatos e associações de trabalhadores comemoram a data no País, porém, desde 1895.
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